Espontaneidade e intuição são características com que as crianças nascem, sem limites de qualquer género. E depois é que vem o resto, as regras, a necessidade de protecção, os medos dos outros, as conveniências, os horários, sei lá mais o quê.
Estou a favor da genuinidade das crianças e estou a favor de tudo o resto, também. Tudo faz parte da vida em família e em sociedade.
Estou ainda muito mais a favor de que nós, adultos, façamos quando possível - e quando nos caia no goto - umas incursões ao mundo das crianças para com elas - sim, com elas, treinarmos a sua/nossa espontaneidade, entusiasmo e intuição, quase sempre tão certeira.
A minha irmã, a que tem muitos netos, passou hoje a tarde acompanhando o seu neto de 7 anos a fazer um bolo inglês... para mim! Ele partiu as frutas, pesou os ingredientes, juntou-os e amassou tudo. Pôs na forma e levou ao forno. Esperar pela cozedura é que já não foi tão fácil para uma criança irrequieta desta idade. A avó fez isso.
O resultado foi de Chef Cordon Bleu da pastelaria. O bolo estava delicioso, sem favor nenhum. (Por favor, até, tirem-me a travessa de perto de mim!) E eu fico a pensar.... não podemos nós observar as crianças e beber delas o entusiasmo, a alegria da tarefa desconhecida, o espanto do contacto com os novos materiais, o excitamento de um resultado tão desejado? Aprendemos, aprendemos sim!
Sentir as crianças na sua interacção connosco é também uma fonte inesgotável de aprendizagem da intuição. Já repararam que há sempre uma criança que é tão querida connosco quando estamos mais em baixo? E perceberam que quando elas nos querem espevitar para andar de escorrega atrás delas ou nos tentam a oferecer-lhes um brinquedo novo podem querer simplesmente que nós experimentemos as nossas capacidades e limites?
Este meu fim-de-semana teve crianças: o Chiquilin Pasteleiro, o Joaquim Oferece Flores e a Ana Maria Hoola Hoop.
E eu percebi que, pelo menos um dia de cada vez, vou trabalhar a minha própria espontaneidade e intuição. Esteja também!
5 comentários:
E a outra coisa fantástica das crianças, é a forma como recuperam dos "trambolhões". Choram intensamente 1 ou 2 minutos, e depois já nem se lembram e voltam às suas incessantes "experimentações/descobertas"! Temos tanto a re-aprender...
Um sorriso,
CM
É por estas e por outras que não devemos deixar morrer a criança que há dentro de nós
Amanhã vou ser criança outra vez e vou percorrer literalmente um caminho novo até um local novo no nosso país.
Para lá, também, fazer sessões de Coaching.
O entusiasmo e o nervoso miudinho do projecto são infantis..... e isso é bom!
Boa sorte para a nova aventura, querida Tatei!
E sim, as crianças são o melhor do mundo e temos muito a aprender com elas!
Thank you, Miss Marguerita!
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