Na 15ª edição da FADPP na Católica, falou-se ontem de várias coisas e também de objectivos. De objectivos pessoais, dos objectivos para os quais trabalhamos nas empresas, precisamos de objectivos?, somos os nossos objectivos?, ... e por aí fora.
Perante a necessidade de atingir um objectivo a curto prazo atribuo grande validade a uma boa estratégia e a um plano de acção eficaz. É o caso da planificação de uma semana em que queremos ser e fazer todas as actividades a que a nossa faceta humana nos impele, sem deixar nenhuma de fora e tendo como prémio uma semana equilibrada e de tempo usufruído a gosto. Já nesta vontade está expresso o ponto de partida: uma semana de tempo usufruído a gosto, abrangente de toda a minha faceta humana.
Leva-me este ponto de partida a olhar para um panorama mais longínquo, digamos a 10 ou 15 anos. Há quem estabeleça objectivos para a sua vida a tão longo prazo quanto estes. Por meu lado, tendo a fazê-lo apenas como exercício - muito agradável, diga-se de passagem - de congeminação sonhadora e entusiasmada.
Só o meu ponto de partida me mantém agarrada à vida do dia de hoje. Aquele mesmo ponto de partida que me leva a planear e tentar e experimentar dias usufruídos a gosto, abrangendo toda a minha humanidade.
Os meus objectivos, os que me mantêm na rota, na direcção, no caminho, são o significado e o sentido que atribuo ao que faço todos os dias, na decisões que tomo e nas escolhas em que preferi ou preteri isto e aquilo.
Tenho-me sentido muito bem nesta forma de ser: trazer o "horizonte de sentido" para este momento em que escrevo - por exemplo.
E por isso digo: os meus objectivos estão no SER.. O FAZER vem logo a seguir. O TER ou CONSEGUIR é uma consequência, apenas
6 comentários:
Ola Mafalda...
Gostei muito da materia, principalmente do ultimo paragrafo.
Acredito muito nesta froma de ver a vida.
Acreditando que quando se sobe uma escada o mais importante não e olhar o final ou o topo mas sim o proximo degral.
sucesso
Anderson Luiz Batista
Ola Mafalda...
Gostei muito da materia, principalmente do ultimo paragrafo.
Acredito muito nesta froma de ver a vida.
Acreditando que quando se sobe uma escada o mais importante não e olhar o final ou o topo mas sim o proximo degral.
sucesso
Anderson Luiz Batista
Nos tempos que correm, é porventura mais fácil agarrarmo-nos ao SER. E assimsendo, pôr o Ter em segundo lugar pode até ser um enfoque de vontade própria e não uma força das circunstâncias...
Olá Anderson, olá Anónimo,
Gostei de sentir eco nas vossas palavras.
Se pensarmos no SER e no FAZER de cada dia, acho que temos na nossa mão a possibilidade de chegar a uma "contabilidade" feliz na hora de descansar.
Gostei muito da imagem da escada e do degrau - vou usar!
Até breve!
Situemo-nos por isso no agir, no modo como se pode viver a esperança. Esta exige iniciativa consciente, empenho profundo, hoje, já. Não se trata de conseguir imaginar um futuro melhor, de hipotetizar um amanhã preferível, de saber teorizar cenários realistas. Trata-se de não adiar o que se pode viver já hoje. Um dia de cada vez: há maior grito de esperança que este? Há maior possibilidade efectiva, concreta e real, para mim, do que esta, de em cada dia eu poder decidir o que quero ser, de poder escolher o que me dá sentido ser? Esperança pressupõe esta liberdade. E esta confiança.
Escrevi isto num artigo no Natal de 2009, publicado numa newsletter do VER (Acege). Recordo agora aqui, a propósito desta tua reflexão.
Bjs, ZM
Gostei: a possibilidade concreta de, a cada dia, eu poder escolher o que quero ser e como quero ser.
LIberdade de escolha,
Escolha pelo ser,
Ser, agindo.
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